v. 4 n. 1 (2007): Anais do IV Encontro Nacional de Engenharia e Desenvolvimento Social

Centro de Tecnologia, UFRJ

Rio de Janeiro, RJ, BR

setembro 3, 2007 – setembro 4, 2007

http://www.soltec.poli.ufrj.br/eneds/

Publicado: 2020-05-05

Artigos

  • Dimitri Augusto da Cunha Toledo, Ana Carolina Guerra, Benedito Anselmo Martins de Oliveira Martins de Oliveira
    7

    Resumo

    Este artigo consiste em uma reflexão sobre a extensão universitária, especificamente sobre a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de São João Del Rei – ITCP/UFSJ. A Incubadora vem atuando de forma sistemática no assessoramento de cooperativas populares, através de uma metodologia de incubação própria, pautada nos princípios do cooperativismo popular, da autogestão e, sobretudo da economia solidária. Assim, a ITCP/UFSJ se apresenta como um instrumento de geração de trabalho e renda, para as classes excluídas do sistema capitalista vigente.

  • 9

    Resumo

    Este artigo propicia a discussão acerca das implicações para a sustentabilidade socioambiental resultante da relação homem-natureza mediada pela técnica. A discussão pauta-se em três eixos temáticos, a saber, relação homem-natureza; tecnologia e “neutralidade” e desenvolvimento socioambiental.

  • Leonardo de Jesus Melo, Julia Zardo, José Alberto Sampaio Aranha, Lygia Magacho
    8

    Resumo

    O papel que a universidade exerce na sociedade veio se modificando nas últimas décadas. Este artigo discute as novas missões da chamada universidade empreendedora, através de um estudo de caso de uma universidade que pretende ajustar uma plataforma tecnológica de inovação baseada em incubadoras de alta eficiência, que organizadas em rede, atuam como geradoras de empresas de alta tecnologia e como dinamizadoras estratégicas e institucionais focadas no suporte ao desenvolvimento de clusters em suas regiões. O artigo apresentará o processo de concepção, sensibilização e as articulações entre os agentes da tripla hélice dentro e fora das universidades envolvidas, a fim indicar um modelo de reaplicação da metodologia apresentada.

  • Ana Lívia de Souza Coimbra, Mariana Costa Carvalho
    8

    Resumo

    Este artigo apresenta os determinantes, princípios e desenvolvimento do projeto “Contribuição para a Inclusão Social de Pequenos Produtores Rurais Através de Melhorias Tecnológicas e do Cooperativismo Popular”, executado pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de Juiz de Fora, em parceria com a EMBRAPA/Gado de Leite e a EMATER/MG, com recursos do MCT/CNPq. As ações, desenvolvidas em Muquém, zona rural de Carvalhos/MG, constituíram-se como respostas às necessidades de 28 agricultores que buscavam uma alternativa coletiva de ampliação da produção e superação do êxodo rural. Em cooperativa, os integrantes participaram de oficinas, orientações e diagnósticos para montagem de uma fábrica de ração, direcionados por dois eixos: Planejamento e gestão de empreendimento popular autogestionário e Práticas de manejo nas áreas reprodutiva, nutricional e sanitária. Assessorado por docentes, discentes e técnicos das áreas de Agronomia, Arquitetura, Ciências Contábeis, Direito, Economia, Engenharia de Produção, Medicina Veterinária, Psicologia, Serviço Social e Zootecnia, o grupo tem vivenciado princípios como autonomia, democracia, igualdade, autogestão, solidariedade, desenvolvimento humano e preservação do meio ambiente, além de participar da construção coletiva de um conhecimento que aproxima universidade e grupos historicamente excluídos.

  • Dimitri Augusto da Cunha Toledo, Ana Carolina Guerra, Benedito Anselmo Martins de Oliveira, Roberto Galvão de Brito Lira
    6

    Resumo

    Este artigo é oriundo de um projeto de monografia de conclusão de curso, que tem como proposta mostrar uma alternativa econômica-social-cultural, através de uma análise das atividades da Associação Comunitária de Pequenos Produtores Rurais de Minduri-MANDURI. Neste estudo tentarar-se-a dialogar sobre economia solidária e autogestão, utilizando como referência a Associação Comunitária de Pequenos Produtores Rurais de Minduri, através da compreensão e análise das práticas de gestão e dos exercícios dos princípios da economia solidária.

  • Eni Leide Conceição Silva
    8

    Resumo

    A procura de novos modelos econômicos reacendeu a discussão em torno de conceitos de autogestão, de cooperação, de solidariedade, de inclusão social e digital. Na conjuntura atual, os Empreendimentos de Economia Solidária surgem como uma opção de organização social do trabalho, de renda e um ambiente profícuo para a construção, compartilhamento do conhecimento e geração de inovação. O objetivo do presente artigo é procurar entender a construção e compartilhamento do conhecimento nos Empreendimentos de Economia Solidária, mediante o conceito de Comunidade de Prática, aqui entendido como um elemento de aprendizagem coletiva dentro da organização social do trabalho. Comunidade de Prática aqui entendida como um instrumento de aprendizagem coletiva dentro da organização social do trabalho, cujas características propostas por Wenger (2000) são: domínio (engajamento mútuo), a própria comunidade (empreendimento comum) e a prática (repertório compartilhado).

  • Celso C. M. Fornari Junior, Katianny Gomes Santana Estival, Ewerton Evangelista da Silva
    7

    Resumo

    O crescimento econômico requer maior atenção ao desenvolvimento sócio-ambiental e mobilização da sociedade para a execução de ações cooperativas com objetivo para a geração de benefícios mútuos e sustentáveis. Diante deste contexto o presente trabalho apresenta o processo de implantação da Cooperativa dos Empreendedores do Meio Ambiente do Município de Ilhéus/BA, com enfoque para o desenvolvimento de tecnologias sociais e interação Universidade e Comunidade.

  • Sandra Rufino
    8

    Resumo

    Este artigo tem como objetivo explicar as novas maneiras de se organizar o trabalho, como a gestão coletiva e democrática, a reapropriação do conhecimento e das informações, as máquinas e equipamentos como auxiliares da produção, além das novas relações sociais e econômicas que possam ser geradas a partir dessas mudanças. Estes pontos são essenciais para a compreensão da Economia Solidária, na qual os empreendimentos devem aliar sustentação econômica e comprometimento social. Soluções diferenciadas são necessárias para os empreendimentos com base na autogestão, pois muitas vezes a adaptação dos recursos encontrados nos modelos tradicionais pode ser problemática. Isso se deve ao fato de que os empreendimentos econômicos solidários apresentam peculiaridades organizacionais, fiscais, jurídicas, contábeis, patrimoniais etc. O foco principal deste trabalho de pesquisa é o conhecimento das práticas autogestionárias e dos processos produtivos aplicados no cotidiano de trabalho dessas organizações como um importante instrumento para o entendimento das novas bases de organização da Economia Solidária. As cooperativas pesquisadas são de ramos de atividades distintos, mas buscam manter e ampliar suas experiências democráticas e diferenciadas das empresas tradicionais. São exemplos que podem demonstram o vigor e a força dos empreendimentos autogestionários dentro de um novo panorama de desenvolvimento econômico no Brasil e no mundo.

  • Vicente de Faria Cunha, João Freire de Moraes, Breno Vianna Zurli Machado
    8

    Resumo

    O presente artigo tem como objetivo apresentar um estudo descritivo de um curso comunitário preparatório para o vestibular. Com base em um trabalho de campo envolvendo uma série de entrevistas com as partes envolvidas, suas principais características são evidenciadas, e apontados seus aspectos positivos e negativos mais marcantes.

  • Lolita Sala
    6

    Resumo

    Este artigo mostra de que forma o pensamento convencional e as produções acadêmicas com sua visão peculiar da economia, seus princípios e métodos próprios contribuem para um “entendimento” separado de “mundo” e “economia”, tal que nos jornais se diga “a economia global vai bem” ao mesmo tempo que se mostra que o mundo vai mal, e como este “entendimento” é uma importante causa de, materialmente, o mundo ir mal e o desenvolvimento social ser um sonho. Finaliza com considerações sobre o pensar necessário para uma economia solidária.

  • Lais Silveira Fraga
    7

    Resumo

    O objetivo deste artigo é refletir sobre as críticas que a Educação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) faz à educação convencional em engenharia. A reflexão se dará a partir do currículo do curso de graduação da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da UNICAMP. A análise feita teve como ponto de partida os conteúdos presentes no currículo e o modo como estes estão distribuídos ao longo do curso. A partir disso, foi elaborada uma caracterização geral do curso: é um curso tecnicista, apresenta forte separação entre teoria e prática, é um curso fechado e apresenta como foco a indústria. Essa caracterização foi comparada com a crítica feita por três autores: Gordillo e Galbarte (2002), Gordillo, Osório e Lopéz Cerezo (2000) e Dagnino (2006). Tanto a primeira quanto a segunda análise mostraram que as críticas feitas pela educação CTS são pertinentes ao curso de graduação da FEA. Por sua vez, a terceira análise levou à classificação do currículo balizado pela visão Instrumentalista da tecnociência. Por isso, a contribuição da Educação CTS é evidenciar a idéia da tecnociência neutra, universal, determinista e essencialista da educação convencional e, a partir disso, propor caminhos alternativos para uma educação tecnocientífica de fato socialmente referenciada.

  • José Celso Cardoso Jr., Roberto Gonzalez
    9

    Resumo

    Este trabalho discute o desenvolvimento do chamado Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda (SPETR) no Brasil e os dilemas enfrentados para garantir o seu financiamento pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A seção 1 apresenta a estrutura atual do SPE e a trajetória de suas principais políticas ao longo do período 1995/2005. A seção 2 discute algumas limitações importantes do sistema, bem como a agenda para seu aperfeiçoamento, levantada no II Congresso Nacional do SPETR, que se realizou em 2005. Na seção 3, examina-se a evolução do patrimônio, das receitas e despesas do FAT; e discute-se especificamente a razão da restrição de recursos para os serviços de emprego, com as conseqüências disso para o SPETR. Na última seção, são sugeridas alternativas para enfrentar a questão do financiamento deste sistema

  • Camilla Cavalcante Evangelista, Fernando Oliveira de Araújo
    9

    Resumo

    A presente pesquisa analisa as atividades desenvolvidas pela ONG Praticável no que concerne à aplicação do Plantão Psicológico associado à Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) junto à comunidade do Morro dos Prazeres. Em termos metodológicos, além da revisão bibliográfica apropriada, baseia-se em estudo de caso real. Como resultados da investigação observam-se, em adição ao empoderamento de grupos sociais menos favorecidos, a possibilidade de extrapolações analíticas do estudo, visando oportunidades de aplicação do Plantão Psicológico na ACP em outras comunidades e estimular no profissional de psicologia um olhar mais sensível às causas comunitárias.

  • Arlete Cândido Monteiro Vieira, Fabio Ricci
    8

    Resumo

    Esse artigo objetiva apresentar a pesquisa que investigou as potencialidades, desafios e limites da Cooperativa Amigos do Lixo de Guaratinguetá – SP, empreendimento solidário de geração de trabalho e renda e emancipação socioeconômica. Delimitou o estudo a análise do projeto de implantação, planejamento e a sustentabilidade no contexto político, econômico e social. A metodologia usada quanto aos objetivos foi exploratória; aos procedimentos foi pesquisa de campo e ao objeto foi bibliográfica. Os instrumentos foram: pesquisa documental, aplicação de formulários e entrevistas. Os dados foram coletados de julho a dezembro/2004 e após análise comparativa verificou-se que a influência ambiental foi um dos fatores de sucesso para a sustentabilidade e possível replicação. Os resultados comprovaram que, apesar da crise do mercado de trabalho apresentar um quadro complexo e dos desafios enfrentados pela cooperativa, essa forma de trabalho pode ser uma alternativa possível e sustentável aos trabalhadores, desde que tenham consciência social para a colaboração, a cooperação, a autogestão e a solidariedade. Para isso, são necessárias políticas sociais de apoio e incentivos, projetos de coordenação externa visando à inclusão produtiva, assim como atividades de prevenção e/ ou combate à situação de vulnerabilidade

  • Roney Rezende Rangel
    10

    Resumo

    Este texto busca registrar os recursos financeiros aplicados no biênio 2005-2006 pelo Estado Brasileiro junto às práticas solidárias e cooperadas que visam a geração de trabalho e renda, o estabelecimento de relações de igualdade entre indivíduos e a valorização do ser humano perante o trabalho. Para tanto, o Guia Informativo das Ações de Trabalho e Renda no Âmbito do Governo Federal foi utilizado como fonte de pesquisa para extração das informações aqui expostas. A elaboração do estudo se deu a partir das primeiras iniciativas de apoio ao movimento da Economia Solidária promovidas pelo Programa Economia Solidária em Desenvolvimento criado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, bem como pelas ações realizadas pelos demais ministérios do Governo Federal e secretarias especiais da Presidência da República.

  • Heloisa Helena A. Borges Q. Gonçalves, André Luiz Marques, Sidney Lianza, Luiz Henrique Costa
    8

    Resumo

    Esta comunicação descreve uma experiência de campo de pesquisadores extensionistas do Núcleo de Solidariedade Técnica (SOLTEC/UFRJ). O foco é a experiência do processo de implantação da política de inclusão produtiva de jovens do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Forme (MDS) na Cidade de Deus. Analisa os resultados parciais decorrentes das lições aprendidas na fase de implementação do projeto inclusão produtiva de jovens entre 16 a 29 anos por uma economia solidária imbricada com a economia de comunhão na Cidade de Deus. O quadro de análise é a abordagem do capital social, fundamentos da economia solidária e economia de comunhão e o método participativo consensuado. Por fim, anuncia por meio de uma metáfora visual uma proposta de inclusão produtiva de jovens intitulada de educação solidária técnica cidadã.