Engenharia e Autogestão: um processo em construção

Autores

  • Sandra Rufino Profa. de Engenharia de Produção (USP) e integrante do Núcleo de Economia Solidária (NESOL/USP)

Palavras-chave:

Autogestão, Economia Solidária, Gestão de Operações

Resumo

Este artigo tem como objetivo explicar as novas maneiras de se organizar o trabalho, como a gestão coletiva e democrática, a reapropriação do conhecimento e das informações, as máquinas e equipamentos como auxiliares da produção, além das novas relações sociais e econômicas que possam ser geradas a partir dessas mudanças. Estes pontos são essenciais para a compreensão da Economia Solidária, na qual os empreendimentos devem aliar sustentação econômica e comprometimento social. Soluções diferenciadas são necessárias para os empreendimentos com base na autogestão, pois muitas vezes a adaptação dos recursos encontrados nos modelos tradicionais pode ser problemática. Isso se deve ao fato de que os empreendimentos econômicos solidários apresentam peculiaridades organizacionais, fiscais, jurídicas, contábeis, patrimoniais etc. O foco principal deste trabalho de pesquisa é o conhecimento das práticas autogestionárias e dos processos produtivos aplicados no cotidiano de trabalho dessas organizações como um importante instrumento para o entendimento das novas bases de organização da Economia Solidária. As cooperativas pesquisadas são de ramos de atividades distintos, mas buscam manter e ampliar suas experiências democráticas e diferenciadas das empresas tradicionais. São exemplos que podem demonstram o vigor e a força dos empreendimentos autogestionários dentro de um novo panorama de desenvolvimento econômico no Brasil e no mundo.

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Publicado

2007-12-01