Outra educação em engenharia: falta humanidade?

Autores

  • Lais Silveira Fraga Unicamp

Palavras-chave:

educação CTS, engenharia, currículo, tecnociência

Resumo

O objetivo deste artigo é refletir sobre as críticas que a Educação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) faz à educação convencional em engenharia. A reflexão se dará a partir do currículo do curso de graduação da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da UNICAMP. A análise feita teve como ponto de partida os conteúdos presentes no currículo e o modo como estes estão distribuídos ao longo do curso. A partir disso, foi elaborada uma caracterização geral do curso: é um curso tecnicista, apresenta forte separação entre teoria e prática, é um curso fechado e apresenta como foco a indústria. Essa caracterização foi comparada com a crítica feita por três autores: Gordillo e Galbarte (2002), Gordillo, Osório e Lopéz Cerezo (2000) e Dagnino (2006). Tanto a primeira quanto a segunda análise mostraram que as críticas feitas pela educação CTS são pertinentes ao curso de graduação da FEA. Por sua vez, a terceira análise levou à classificação do currículo balizado pela visão Instrumentalista da tecnociência. Por isso, a contribuição da Educação CTS é evidenciar a idéia da tecnociência neutra, universal, determinista e essencialista da educação convencional e, a partir disso, propor caminhos alternativos para uma educação tecnocientífica de fato socialmente referenciada.

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Publicado

2007-12-01