A economia solidária e a atuação da incubadora da UFRR junto aos empreendimentos solidários em Roraima

Autores

  • Emerson C. Arantes UFRR
  • Leuda E. de Oliveira UFRR
  • Meire J. A. Pereira UFRR

Palavras-chave:

Economia solidária, UFRR, empreendimentos, Roraima

Resumo

Este artigo procura dentro de um contexto econômico solidário pesquisar e diagnosticar o que vem sendo desenvolvido e praticado, principalmente, no Brasil e em Roraima, pela Incubadora Social para apoiar os núcleos de economia solidária. Eles são denominados de unidades produtivas que geram renda. Desde de 2006 recebem apoio da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares e Empreendimentos Solidárias da Universidade Federal de Roraima - ITCPES/UFRR. Nesta perspectiva a Universidade constrói dialogicamente tecnologia social por meio da formação, da qualificação, do assessoramento, do mapeamento e do acompanhamento aos empreendimentos solidários incubados. A metodologia utilizada neste trabalho está baseada na abordagem qualitativa e tem como fontes: questionários e entrevistas semi estruturadas que serão mensuradas com base na análise de conteúdo. Nesta perceptiva propõe-se transferir tecnologia social por meio da formação, da qualificação e do acompanhamento dos empreendimentos incubados, para o aproveitamento das oportunidades de trabalho e renda a partir do desenvolvimento solidário. A ITCPES/UFRR incuba atualmente 5(cinco) Núcleos de Economia solidária na cidade de Boa Vista, Estado de Roraima, são eles: CPC – Santa Tereza, Mulheres do Cauamé, Mulheres Aliança, Associação Feras da Amazônia e CPC – Jóquei Clube, constituídos basicamente por mulheres migrantes, com nível de escolaridade baixa e média, faixa etária acima dos 20 anos, que encontram dificuldades de inserção no mercado de trabalho formal. Esta pesquisa tem finalidade multidimensional, isto é, envolve a dimensão social, econômica, política, ecológica e cultural. Isto porque, além da visão econômica de geração de trabalho e renda, as experiências de Economia Solidária se projetam no espaço público, no qual estão inseridas, tendo como perspectiva a construção de um ambiente socialmente justo e sustentável; vale ressaltar: a Economia Solidária não se confunde com o chamado "Terceiro Setor" que substitui o Estado nas suas obrigações legais e inibe a emancipação de trabalhadoras e trabalhadores, enquanto sujeitos protagonistas de direitos. A Economia Solidária reafirma, assim, a emergência de atores sociais, ou seja, a emancipação desses sujeitos históricos.

Publicado

2013-12-01