Logística reversa e lixo eletrônico. Estudo de campo no município de Feira de Santana - BA

Autores

  • Jackson dos Santos Lima
  • Antônio Cezar Oliveira Azevedo
  • Luís Oscar Silva Martins

Resumo

A logística reversa diz respeito à responsabilidade das empresas que fabricam, importam e comercializam produtos diversos, e trata de um conjunto de procedimentos e meios para recolher e dar encaminhamento pós-venda ou pós-consumo, para reaproveitamento ou destinação correta aos resíduos gerados no final do ciclo de vida do que foi produzido.

É muito comum se achar equipamentos eletrônicos descartados em terrenos baldios. O que a legislação brasileira tem a dizer a sobre esse fato?
Qual a responsabilidade do poder público e qual a responsabilidade dos fabricantes, importadores e comerciantes?

Em agosto de 2010 foi publicada a Lei no 12.305, que diz respeito a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a implementação da logística reversa nas empresas.
Após oito anos, qual é o cenário no município de Feira de Santana, considerando-se o crescente aumento no consumo de equipamentos eletrônicos?

Existem empresas que trabalham com Logística Reversa ou continuam prevalecendo os antigos ferros velhos e sucateiros?
A partir desses questionamentos surgiu o desejo de conhecer como funciona a cadeia de logística reversa de eletrônicos no município e entender qual o cenário real diante das disposições legais sobre o assunto existentes hoje no Brasil.

Assim através de revisões das leis sobre logística reversa e aplicando entrevistas com quatro representantes do setor foi possível responder algumas dessas perguntas e retirar conclusões acerca dessa temática.
Foi verificado a inexistência de cultura relacionada a logística reversa. O conceito de logística reversa ainda é desconhecido de grande parte do consumidor brasileiro, e seus projetos de implantação são considerados inviáveis economicamente pelas empresas. Além de, segundo a os entrevistados, o poder público se apresentar inerte quanto a essa realidade não dando incentivos aos fabricantes e as empresas que atuam no setor. A consequência disso é a não aplicação da logística reversa na prática no município de Feira de Santana dentro do que o Plano Nacional de Resíduos Sólidos determina e regulamenta.

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Publicado

2018-12-01

Edição

Seção

Estudos tecnológicos, desenvolvimento e sociedade