Sistema de Fossa séptica Biodigestora como tecnologia de saneamento básico em comparação ao sistema de Fossa Negra

Resumo

A falta de saneamento básico tem trazido muitas consequências negativas, tanto à saúde humana, quanto ao meio ambiente e é um dos principais fatores relacionados às doenças humanas no mundo, principalmente, as de veiculação hídrica. As fossas rudimentares, ou fossas negras, são buracos com ou sem revestimento das paredes internas, onde os dejetos humanos são despejados nesta abertura e entram em contato direto com o solo, sem qualquer tipo de tratamento. Quando esse material se decompõe, parte dele é absorvido pelo solo atingindo e contaminando os lençóis freáticos e corpos hídricos, sendo que esta água será utilizada pela população para fins diversos, como recreação e alimentação. A fossa séptica biodigestora, ao contrário da fossa negra, é um sistema que visa o tratamento de esgoto sanitário doméstico por meio da digestão anaeróbia, utilizando esterço de ruminantes. Consequentemente, obtém-se uma produção de resíduos com baixa incidência de coliformes termotolerantes, por ação de digestão fermentativa, gerando um efluente quase que totalmente livre de contaminantes. Foi desenvolvido para resolver problemas de saneamento básico nas regiões onde não há este serviço. Neste trabalho objetivou-se mostrar através de revisão bibliográfica, que o sistema de fossa séptica biodigestora, em substituição à fossa negra, é uma tecnologia capaz de melhorar a qualidade de vida de uma família, comunidade ou população, através do tratamento correto dos efluentes humanos. Também são abordadas algumas doenças resultantes da contaminação da água e do solo ocasionadas pelo saneamento inadequado, assim como os impactos positivos na esfera social, com uma redução anual de mortes por diarreia de cerca de 2.592 pessoas, ambiental através da redução do volume de poluentes que deixaram de ser despejados nos cursos d’água e econômica, gerando uma economia aproximadamente R$ 130 milhões em recursos na área da saúde.

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Publicado

2018-12-01

Edição

Seção

Estudos tecnológicos, desenvolvimento e sociedade