Empresas recuperadas por trabalhadores: realidade brasileira e argentina
Palavras-chave:
Autogestão, Empresas recuperadas, Trabalho, Desemprego, Economia solidáriaResumo
Diante da falência das empresas em que estão empregados, trabalhadores decidem manter a atividade produtiva que garante o seu sustento e o de sua família. Tendo ou não acordo com os proprietários e com o Estado, recuperam a produção que havia sido condenada, passando a planejar – e não apenas executar – tarefas e a decidir por conta própria, coletivamente, os rumos a serem tomados pela organização.
Este trabalho apresenta, em sua parte introdutória, um breve panorama da recorrente situação mundial de crise do capitalismo e de suas consequências aviltantes para os trabalhadores, além de uma sucinta revisão em torno do tema da autogestão. Na sequência, é feita uma análise comparativa das experiências de recuperação de empresas que vêm ocorrendo no Brasil e na Argentina, observando seus limites e avanços. Para isso, foram analisados os dados mais recentes acerca desse fenômeno, oriundos das pesquisas de abrangência nacional realizadas por Ruggeri et al. (2010), estudando os casos argentinos, e por Henriques et al.(2013), investigando a totalidade de casos brasileiros em uma pesquisa inédita que envolveu diversas universidades.