Percepções sobre moeda social em um evento de trocas solidárias: O “grão” no VII Brechó Eco-Solidário

Resumo

O presente texto propõe discutir uma iniciativa que compõe modos alternativos de trocas ou intercâmbios econômicos em contraposição àqueles praticados segundo a lógica mercantil, situando-se no âmbito das trocas solidárias que fazem uso de moedas sociais para efetuação dos câmbios. Foi com esse objetivo, que se buscou realizar um estudo sobre as percepções da moeda social “Grão” do Brechó Eco-Solidário, avaliadas durante a VII edição do evento que ocorreu em outubro de 2012, na capital baiana, Salvador. Para tanto, elaborou-se uma entrevista semiestruturada a ser confrontada com o referencial teórico da literatura existente sobre moedas sociais e clubes de troca. Com a análise das entrevistas, via estatística descritiva, se buscou percepções tanto dos participantes visitantes do evento quanto dos participantes dos Empreendimentos de Economia Solidária. A análise dos resultados da pesquisa buscou observar principalmente o nível de interesse dos participantes em eventos de trocas solidárias, o entendimento sobre moeda social e as diferentes percepções acerca das funções de uma moeda social. Alguns dos caminhos identificados para propagar a amplitude do conceito de moeda social no evento consistem em fornecer mais informações e dar maior destaque a moeda “Grão”.