A experiência da Associação Nacional de Trabalhadores e Empresas de Autogestão: um estudo empírico

Autores

  • Mariana C. Carvalho Centro de Ensino Superior de Conselheiro Lafaiete

Palavras-chave:

Economia Solidária; Autogestão; Assessoria

Resumo

Este artigo apresenta resultados da pesquisa de dissertação de Mestrado realizada no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora/MG e se inscreve no rol de análises sobre as concepções e ações dos trabalhadores para a construção das possibilidades de superação do trabalho subordinado, via autogestão. As experiências autogestionárias e de economia solidária no Brasil surgem em contexto de reestruturação produtiva nos anos 1990, que levou ao aumento da precarização e do desemprego e de inflexão das lutas do movimento sindical. Tem-se um elevado número de empresas em processo falimentar que passam a ser geridas pelos trabalhadores que recorrem aos sindicatos. Sem condições de apoio imediato por parte dos sindicatos, cria-se a Associação Nacional dos Trabalhadores e Empresas de Autogestão (ANTEAG), que representa e assessora empresas de autogestão e grupos que pretendem constituir uma empresa autogestionária. Este estudo analisa a trajetória política da ANTEAG, destacando a tensão entre a construção de uma nova cultura para o trabalho e a emancipação dos trabalhadores nos limites da sociedade do capital, em concordância com autores que, no âmbito do Serviço Social e vinculados à tradição marxista, realizam críticas à economia solidária enquanto possibilidade de superação do trabalho subordinado.

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Publicado

2012-12-01

Edição

Seção

Economia, trabalho, gestão e empreendedorismo social