Machismo no curso de Engenharia Mecânica: verdade ou mito?

Autores

  • Luiz Otávio Kohler
  • Maria Júlia Ioshiura

Resumo

A participação feminina no meio científico vem crescendo. Todavia, ao se analisar essa participação no âmbito das ciências exatas, nota-se que ainda há muita disparidade de gênero. Limitando essa análise ao curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (EMC), é possível observar que existe uma grande diferença entre o número de mulheres matriculadas em relação ao de homens: somente cerca de 10% do curso é composto por elas. Outro fator preocupante observado é a quantidade de mulheres que desistem do curso, sendo essa, em termos relativos, muito maior que a de homens. O foco do artigo é levantar os principais motivos das evasões femininas e verificar se há relação com a discriminação de gênero dentro do curso. Foi realizada uma pesquisa cujo alvo foram as mulheres da graduação. Coletadas e analisadas as respostas, buscou-se validar a hipótese inicial de que as desistências são motivadas pelo machismo, uma vez que o curso é formado majoritariamente por homens (alunos e corpo docente) e está instaurado um estereótipo de que os homens são mais competentes que as mulheres na engenharia.

Publicado

2017-12-01

Edição

Seção

Engenharia e gênero/Perspectiva feminista na engenharia