Discutindo a formação de arquitetos e engenheiros para intervenção social
Palavras-chave:
intervenção social, organização do conhecimento, inter-multi-intradisciplinaridadesResumo
No âmbito de projetos de escritórios de suporte técnico a comunidades que vivem em bairros de baixa renda, em construções precárias e de desenvolvimento sustentável de comunidades negras rurais desenvolvemos práticas que nos faz questionar a formação de Arquitetura e Engenharia para a habilitação de uma intervenção social. O país tem elevadíssimo número de moradias resultantes da autoconstrução em regiões sem urbanização e sem políticas públicas. São problemas nacionais para os quais deveríamos estar preparados. Este artigo aborda os problemas de concepção, de compreensão e da intervenção social ainda ausente dos currículos de graduação da Arquitetura e Engenharia. Quais conceitos e preconceitos guiam a formação do arquiteto e do engenheiro? Como ensinar, na formação do engenheiro e do arquiteto, a ler a realidade? E a organização do conhecimento como imposição geral? Qual significado de valores implícitos e explícitos nos currículos como sociedade ocidental, economia de mercado, neutralidade e universalidade do conhecimento tecnológico? Porque as formações são tão alheias à realidade?