Proposta de criação de atividades preparatórias pré-implantação da rede de valor

Resumo

O cooperativismo é um dos poucos movimentos que consegue pôr no seu interior organizações tão distintas quanto recordistas em produção de soja e catadores de lixo das favelas cariocas. Por esse motivo que se torna impossível tratar o cooperativismo como um organismo único apresentando soluções para o todo. Neste trabalho focamos o cooperativismo denominado popular (Guimarães, 2002), pois é este cooperativismo que carece de técnicas que o auxilie. É relativamente fácil descartar a viabilidade destes empreendimentos quando não é analisada a carência de quadros profissionais destinados a apoiá-los. As tecnologias atualmente desenvolvidas são quase que exclusivamente voltadas ao modelo de grande empresa, ficando relegado a segundo plano os pequenos empreendimentos. A criação de uma central de cooperativas é a tentativa de se apropriar destas técnicas. A idéia de redes de empresas é uma das que pode ser transferida com apenas algumas adaptações, já que o próprio movimento cooperativista o prevê. A grande diferença, no entanto, é que a rede de empreendimentos populares não visa uma vantagem competitiva nem uma maior fatia do mercado como as grandes empresas, ela simplesmente tenta viabilizar a sobrevivência dos seus integrantes. Além das redes de empresas outras técnicas podem ser adaptadas aos empreendimentos solidários. Esse esforço se mostra mais do que necessário, pois este é um dos fatores que entrava o sucesso das diversas iniciativas que surgiram nos últimos anos nesta área.